Há dias que a gente tende a pensar mais nas coisas da vida que o normal.
Nos últimos dias venho pensando que estou em um momento de decidir metas na minha vida.
Para falara a verdade, eu ainda não sei bem como vou começar a fazer isso, mas sei que tenho que fazer.
Crescer não é fácil e essa consequência natural da vida trás consigo um monte de dúvidas que estão me tirando do sério.
Olho para algumas pessoas e fico admirada como elas com seus 20 e poucos anos parecem que já definiram suas vidas.
Gente que já sabe em que vai trabalhar pelo resto da vida, já sabe com quem vai casar, ter filhos, onde vai morar e até quando aposentar.
Uma certeza que me deixa meio que com vergonha das minhas dúvidas.
E nesses dias que às dúvidas batem, fico tentando buscar justificativas para minhas incertezas.
Penso que é culpa da minha mãe, que me protege demais e me deixou meio folgada.
Da separação dos meus pais logo cedo na minha vida e me deixou insegura.
E claro, eu, que não tenho força de vontade suficiente.
Por sonhar demais e lutar pouco.
Mas se eu ainda nem sei o que quero, como vou traçar um projeto de vida?
Aí vem aquelas viagens do tipo...pra que se tudo vai acabar um dia...e vou passar a vida tentando imortalizar uma existência perecível.
Por que a gente tem que passar as belas horas de nossa maravilhosa existência morrendo por bens materiais?
Os quais a gente sabe que não vai levar na derradeira viagem, mas que também a partir do momento que usufruirmos deles não conseguimos mais viver sem?
Vivemos como se fossemos imortais e mesmo sabendo que isso é um grande engano, ainda sofremos.
Por que não valorizamos os grandes tesouros que ganhamos ao nascer?
Como nossa família e amigos.
Pessoas às quais verdadeiramente temos os melhores momentos da vida.
Como tenho saudade da comida da minha mãe, do colo do meu avô, das conversas com meus irmãos, da bajulação das minhas tias, até do jeito ranzinza da minha avó.
Coisas que podem se repetir, mas outras não voltam mais, mas são esses os momentos inesquecíveis.
E fico aqui pensando se toda preocupação em ter um grande projeto de vida vale mesmo a pena.
Tá, eu sei que não se vive de "luz". Mas queria contentar em ter apenas o suficiente para viver bem...mas mesmo simplificando tudo às coisas não são simples assim.
Aquela casa no campo, a família com muitos filhos, as viagens para praia...as coisas mais simples...exigem uma certa complexidade para conquistar...
E eu ainda não sei como começar...
JS
Adoro ler!!!
terça-feira, 21 de outubro de 2008
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Um comentário:
nem eu...
começar é tão difícil né!? mas a gente ainda consegue!!!
bjos
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